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Daniel Pennac: Comme un roman

Atualizado: 19 de abr. de 2021

por Robson Adriano


Nascido em Casablanca (Marrocos), no ano de 1944, Daniel Pennac é hoje considerado um dos mais importantes e populares autores da literatura francesa. Um professor de profissão, Daniel começou escrevendo literatura infantil e juvenil.


Em 1985, ele publicou Au Bonheur des Ogres, o primeiro romance dedicado à família Malaussène, uma série de romances policiais bem humorados que lhe valeu reconhecimento internacional. Além de tudo, é um grande defensor do prazer da leitura em voz alta. Amante de livros em áudio, gravou ele mesmo vários dos seus livros para as edições Gallimard e para a associação “Lire dans le noir”.


Em 2013, Daniel Pennac contribuiu para a quarta edição do livro Audio Solidaire (gravação áudio do Paraíso dos Ogres pelos internautas em proveito de pessoas cegas e com outros problemas visuais). Seus romances sobre a família Malaussène (Au Bonheur des Ogres, La Fée Carabine, La Petite Marchande de Prose, Monsieur Malaussène e Aux Fruits de la Passion) alcançaram-lhe um enorme sucesso internacional, que conheceu também com Comme un roman, seu ensaio sobre a leitura que se transformou num livro cultuado por todos.


Mágoas da Escola obteve o Prémio Renaudot em 2007, depois de ter estado mais de 50 semanas nos tops de vendas franceses. Traduzido em 24 países, vendeu mais de 800 mil exemplares só na França. Pennac foi também vencedor do Prix Renaudot de Bad School em 2007, bem como o Grand Prix Metropolis Bleu por todo o seu trabalho. Pennac também publicou o ensaio Como um romance, seu trabalho mais conhecido nesse gênero, além de escrever roteiros para cinema e televisão.


Resumo de Comme un Roman


Comme un Roman é um livro encantador que relata o romance do leitor com o livro, da infância à fase adulta. Passeia desde o prazer pela leitura até a aversão total aos livros, que acontece em alguns casos. Mas Daniel Pennac traz uma concepção diferente a respeito deste último fato, ele não atribui a culpa nem ao leitor, muito menos ao livro pela falta de gosto pela leitura, mas às cobranças que são impostas aos adolescentes, pela obrigatoriedade de ler.

O Ensaio “Comme un roman” de Pennac não tem a pretensão de contar uma história. A obra é uma maneira agradável de refletir sobre o ato de ler um livro. O contexto é simples, pois nos mostra como é importante a presença dos pais ao incentivar a leitura no cotidiano dos filhos. Sempre falamos sobre o desinteresse dos jovens pela leitura, ou do tempo que as crianças ficam diante da televisão, ou em jogos interativos, e isso sem falar dos jogos virtuais.

Enquanto nossos filhos não dominam a leitura, nós somos levados pelo mundo imaginário das crianças, e todas as noites contamos histórias de príncipes, princesas e dragões… Mas quando os filhos crescem e passam a dominar a leitura, tornam-se independentes, atingindo a liberdade no mundo imaginário da fantasia.


Já na escola, existem conteúdos obrigatórios para o desenvolvimento do aluno e, assim, a leitura torna-se algo menos prazeroso. O amor pela leitura se revela individualmente para cada leitor, pois um livro nunca é grande demais quando é lido com prazer. O gosto pela leitura nunca deve ser forçado, pois quando nos sentimos pressionados, fatalmente estaremos predestinados a odiar a leitura.


Daniel Pennac descreve os direitos inalienáveis do leitor e são eles:


1. O direito de não ler.

2. O direito de pular páginas.

3. O direito de não terminar um livro.

4. O direito de reler.

5. O direito de ler qualquer coisa.

6. O direito ao bovarismo (doença transmitida textualmente).

7. O direito de ler em qualquer lugar

8. O direito de agarrar ao personagem e de querer fazer parte da história.

9. O direito de ler em voz alta.

10. O direito de permanecer calado.


Aos que ainda não se convenceram, vão aqui algumas citações de Pennac que certamente vão aguçar o interesse pela leitura!



"Ce que nous lisons , nous le taisons . Le plaisir du livre lu, nous le gardons le plus souvent au secret de notre jalousie. Soit parce que nous n'y voyons pas matière à discours, soit parce que , avant d'en pouvoir en dire un mot , il nous faut laisser le temps faire son délicieux travail de distillation."
"Chaque lecture est un acte de résistance. Une lecture bien menée sauve de tout, y compris de soi-même."
"Dès qu'un livre finit entre nos mains, il est à nous, exactement comme disent les enfants : 'C'est mon livre' ... partie intégrante de moi-même. C'est sans doute la raison pour laquelle nous rendons si difficilement les livres qu'on nous prête."
"La morale de cette histoire : ne vous moquez pas de ceux qui ne lisent pas si vous voulez qu’ils lisent un jour. La lecture suppose de la curiosité, une intimité secrète entre le lecteur intellectuel, pas pour moi."
"Je n’ai jamais lu cet auteur mais je sais que je ne pourrais pas le comprendre…"

Entrevistas de Pennac sobre o ensaio Comme un roman


Daniel Pennac revient sur les droits imprescriptibles du lecteur – 21CM - CANAL

Les conseils de lecture de Daniel Pennac

COMME UN ROMAN" par la Compagnie Ornithorynque

Mise en scène de Stéphanie Wurtz.

Avec Delphine Guillaud et François Lis



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